
A produção desta feita ficou a cargo Peter Tägtgren nos seus Abyss Studios, deixando de utilizar, pela primeira vez, o produtor Andy Classen e o som que resulta desta escolha favorece em muito o produto final, podendo logo se comprovar pela “Night of The Sabbath” (que sucede a intro “Descent Into Chaos”) que entra em grande forma e até tem direito a um dos poucos momentos “lead” do disco, onde temos uma espécie de mini-solo. E talvez esse seja o grande problema deste lançamento. “War Is In My Blood” tem um riff demolidor e o riff meio up-tempo de “Shrapnel Rain” é catchy. No entanto quando se chega ao refrão de “Holy Blood, Holy War”, apesar do riff inicial ser viciante, o marasmo cedo se instala. E há outros casos parecidos, onde temos riffs poderosos mas parece faltar logo. Até mesmo com mais um tímido e ínfimo momento de guitarra lead na “Desolation Empire” dá o tom que compense à falta de cor que o álbum no seu todo apresenta. Parece que foi uma oportunidade perdida para darem um passo maior em termos de evolução mas talvez não seja esse o propósito da banda.
Aqueles que procuram thrash bem produzido, com riffs certeiros, voz rasgada que torna a vontade de abanar o cabeça mais irresistível, vão encontrar aqui quarenta minutos de diversão garantida. Quem procura algo mais elaborado ou virtuoso, de certeza que não irão ficar satisfeitos apenas com bom som, boa voz e bons riffs. Chegarão a uma altura em que irão ficar com a sensação amarga de “mais do mesmo.”
Nota: 6.9/10
"Descent Into Chaos" track list:
01. Intro - Descent into Chaos

02. Night of the Sabbath
03. War in My Blood
04. Shrapnel Rain
05. Holy Blood, Holy War
06. Killzone
07. Lord of the Files
08. Desolation Empire
09. The Hand of Darkness
10. Repossessed
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Review por Fernando Ferreira