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Entrevista aos Venial Sin


Oriundos de Vila Real, os Venial Sin formaram-se em 2008. Lançaram em 2009 a demo "World Reset" e encontram-se a compor um novo EP. Para sabermos mais sobre esta banda nacional, estivemos à conversa com Pedro Matos - guitarrista do grupo e seu mentor - que nos falou do que podemos esperar dos Venial Sin neste ano de 2011.

M.I. - Os Venial Sin formaram-se no passado ano de 2008. O que levou à sua criação e como podes descrever o projecto, para quem ainda não vos conhece?

Os Venial Sin são de Vila Real e formaram-se no verão de 2008. Após a minha saída dos The Orakle decidi começar este projecto, primeiramente a solo e posteriormente com Hélder Guedes (ex Infernal Kingdom) na bateria e Vítor Ferreira (ex The Orakle) no baixo. Começamos então a compor em trio, ao qual se juntou posteriormente Óscar Medeiros (ex Fado Morse) nos sintetizadores. Actualmente os Venial Sin são compostos por Nelson Rodrigues (ex Sabnok) na voz, Pedro Matos na guitarra, voz e synths, Pedro Cardoso (ex Sabnock) na Guitarra, Luís Lamas ( ex Encephalon) no baixo e Hélder Guedes na Bateria. A ideia consistiu sempre em conseguir uma linha de composição sonora que se desmarcasse de formatos e pré conceitos musicais, portanto livres de rótulos, mas sempre dentro do género do metal, pois este é claramente o que em nós está entranhado. Desta forma, os Venial Sin tocam um som com várias influências dentro do metal, desde o death ao gothic, sem nunca estarem preocupados com o género em si. Resumidamente compomos conforme vamos sentindo. O resultado acaba por ser um som experimental e estranho como dizem, com uma abordagem diferente.


M.I. - Um ano apôs se terem formado, lançaram a demo "World Reset". Como decorreu o processo de composição da mesma?

A demo "World Reset" foi uma forma totalmente caseira de materializar tudo que andávamos como banda a compor. Nesta fase e já com Nelson Rodrigues a assumir a voz principal, gravamos os 4 temas que compõem a demo em apenas 2 semanas, na minha sala de estar, para o qual contamos com a ajuda do Romeu Dias. Estes temas têm uma particularidade interessante, ou seja, foram o culminar da junção das nossas energias como compositores, na tentativa de fechar logo aí um ciclo que já vinha de trás, materializando a demos com relativo sucesso. Faço ainda a salvaguarda da mesma ser totalmente caseira e desprovida de um tratamento musical mais aprofundado.


M.I. - Estás plenamente satisfeito com o resultado final atingido com "World Reset" ou agora passado algum tempo mudarias algo?

Bem, sendo como já referi anteriormente uma demo caseira e materializada em 15 dias apenas, posso considerar que a nível pessoal me conferiu bastante gozo aquando do processo de gravação. Claro que, quando falamos de composição é sempre possível alterar pormenores aqui e ali, podemos dizer que os temas nunca ficam completos. Acho que um tema nunca está totalmente acabado podendo a nível estético tentar sempre ir mais além até se chegar ao momento em que estes se possam considerar “prontos”, havendo aqui um equilíbrio, pois cada tema fala por si e conta a sua história. Posso considerar que foi todo um processo bem conseguido tendo em conta os recursos, pois o objectivo nesta fase era mesmo materializar a demo conferindo aos Venial Sin um ponto de partida.


M.I. - No que ao feedback diz respeito, como foram/têm sido as reacções da imprensa e publico a este lançamento?

A demo "World Reset" conta com 3 dos 4 temas em compilações da Imperative Music, o que proporcionou uma maior exposição do nosso trabalho. Tivemos também algumas reviews por parte da Metal Underground alemã e da Imagem do Som, esta última em relação ao nosso primeiro concerto de apresentação no Porto. Estas reviews foram extremamente positivas e constam no myspace da banda, para os mais curiosos. Após uma dezena de concertos em Portugal e no norte de Espanha podemos com todo o gosto referir que a aceitação do público tem sido calorosa e acolhedora a ponto de solicitarem encores durante os concertos e um regresso para um segundo concerto. A título de curiosidade a nossa música já passou em Web rádios pela Europa e numa delas, Breakfast Metal Radio, o locutor, chamou logo a atenção para as baterias, pois estas foram todas por mim programadas, pois na altura a banda não tinha recursos financeiros para recorrer a um estúdio profissional!!


M.I. - Que temas são abordados nas vossas letras?

As letras dos temas abordam estados e sentimentos que vão desde o amor, a dignidade das injustiças sociais e pessoais até à metafísica onde a ira, o devaneio e a pertença caminham lado a lado com um forte sentimento de fidelidade a ti próprio, face a todas as adversidades e ao caos da vida do quotidiano tal como as vivemos hoje.


M.I. - Sei que já se encontram a trabalhar num novo registo. Como está a correr o processo e o que pudemos esperar do mesmo?

Neste momento os Venial Sin estão a gravar o seu EP de estreia no Blind & Lost Studios, em Santa Marta de Penaguião. Contamos fazer o seu lançamento no final do próximo Verão. Está a ser um processo realizado com serenidade e sem grandes pressões a nível de “dead-line”. Este EP vai conter cerca de 6 temas novos onde a ideia principal é atingir uma maior maturidade bem como um maior leque de ouvintes, sem por isso ter de deixar de compor de forma livre e desprovida de estereótipos. Esperamos com este EP atingir um som mais poderoso a nível instrumental que nos permita surpreender pela positiva.


M.I. - Haverá algum detalhe sobre o EP, que nos queiras revelar?

A cargo das gravações (captação e mistura) estará Guilhermino Martins (ThanatoSchizo) sendo que após esta fase seguirá o projecto para a Unisound Studios na Suécia a fim de ser masterizado por Dan Swano. Neste momento poderei revelar já em primeira mão para os leitores da Metal Imperium o nome do EP. Será intitulado “Sphere Of Morality”.


M.I. - Após o lançamento do vosso novo registo, de certo irão partir em promoção do mesmo por este Portugal fora. Já têm algumas datas agendadas? Se sim, onde?

Certamente que partiremos em promoção da nossa música com uma pequena tour por Portugal e Europa. Em principio iremos fazer o concerto de apresentação do nosso EP de estreia no Porto, seguindo posteriormente para Espanha, França, Alemanha e Áustria, terminando em Lisboa. Reconheço que para uma banda que está agora a dar os primeiros passos possa ser difícil, mas não impossível, pelo que iremos reunir todos os nossos esforços nesse sentido. Posso adiantar que no dia 5 de Março iremos actuar em Benavente, no Side B, onde iremos revelar alguns dos temas pertencentes ao line-up de “Sphere Of Morality”, portanto apareçam para nos conhecermos melhor!


M.I. - De certo que os Venial Sin têm planos a médio/longo prazo. Quais são as metas que a banda ambiciona atingir daqui em diante?

Como todas as bandas ambicionamos celebrar um contrato discográfico pois este confere às bandas um maior dinamismo e contacto com o público. Mas mesmo que tal não seja possível os Venial Sin continuarão a fazer musica e a divulgá-la, pois fazemos o que gostamos com todo o entusiasmo e dedicação.


M.I. - Sintam-se à vontade para deixar aqui uma última mensagem para os leitores da Metal Impérium e para os vossos ouvintes.

Antes de mais gostava de agradecer à Metal Imperium pela entrevista e pela oportunidade, pois é sempre um prazer dar a conhecer um pouco mais dos Venial Sin. O Metal nacional continua em franca ascensão e como tal todos devemos apoia-lo, pelo que vos convido desde já a assistir ao nosso próximo concerto dia 5 de Março. Um bem haja a todos. Abraços veniais.




Entrevista por Diana Fernandes