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Entrevista aos Angelus Apatrida


Os Espanhóis Angelus Apatrida, assinaram recentemente pela Century Media e lançaram "Clockwork", o seu terceiro álbum, por essa grande editora. A banda de thrash metal, é neste momento um dos nomes mais importantes do metal no nosso país vizinho, por isso decidimos falar com o vocalista/guitarrista Guillermo Izquierdo. Uma banda a conhecer melhor nesta entrevista e a ver ao vivo na próxima edição do Moita Metalfest em Março.

M.I. - Os Angelus Apatrida tiveram poucas mudanças de formação durante os vossos 10 anos de carreira. Pensas que isso foi importante para a solidez e coerência da vossa música?

Claro, penso que uma formação sólida é uma boa maneira de fazer música sólida, bem, existem imensas bandas em que mudam constantemente de membros das suas formações e que continuam a fazer música sólida e coerente, mas talvez seja mais difícil do que a outra maneira, porque tu conheces os teus companheiros de banda e às vezes não é necessário dizer nada, basta tocar um riff e os outros elementos sabem exactamente o que tu vais tocar, é perfeito para improvisar.


M.I. - Os Angelus Apatrida assinaram pela Century Media e lançaram o vosso último álbum por essa grande editora. Qual é o balanço que fazem para já do trabalho que a editora tem feito na vossa promoção e como têm corrido as vendas de "Clockwork"?

Vou classificá-lo como "excelente". "Clockwork" está a vender muito bem, especialmente na Europa, mas eu não sei exactamente quantas cópias de "Clockwork" foram vendidas no mundo, mas eu sei que eles fizeram um trabalho incrível na promoção, estamos muito felizes com eles, eles trabalharam com "Clockwork" do mesmo modo que trabalharam com outros lançamentos de bandas mais famosas.


M.I. - Pensas que o facto dos Angelus Apatrida estarem numa grande editora poderá abrir portas a outras bandas Espanholas a nível internacional?

Sim, eu penso que sim. Espanha não tem bandas conhecidas por todo o mundo, temos uma cena de metal boa e muitas bandas incríveis, mas que não tiveram sucesso fora de Espanha. Agora isso está a mudar e mais bandas estão a assinar com editoras estrangeiras e a fazer tours pelo mundo por isso, talvez Espanha venha a ser um grande exportador de metal num futuro próximo!


M.I. - "Clockwork" é o vosso terceiro álbum. Quais são as diferenças entre este álbum e os dois primeiros?

A maior diferença é que, obviamente, é a nossa terceira experiência de estúdio, embora tenhamos sempre trabalhado arduamente em qualquer álbum, mas ter o apoio da Century Media é muito útil, e especialmente o trabalho de Daniel Cardoso. Tudo isso faz "Clockwork" o nosso melhor álbum até à data.



M.I. - O vosso novo álbum foi produzido pelo nosso compatriota Daniel Cardoso que tem feito um excelente trabalho com bandas Portuguesas. Porque o escolheram para produzir "Clockwork"? Ficaram satisfeitos com o trabalho dele?

O Daniel é muito bom produtor e é muito famoso no teu país, é um baterista incrível e é muito bom em todos os instrumentos, inclusive a cantar. A razão de o termos escolhido foi que o estúdio estava perto de Espanha e nós gostamos de outros álbuns que ele produziu, ele entendeu muito bem a essência da banda e achamos que fez um bom trabalho com "Clockwork". Por isso é claro que estamos mais do que satisfeitos com o seu trabalho!


M.I. - "Blast Of" é um dos vossos melhores temas do novo álbum. Porque escolheram essa música para vídeo de apresentação de "Clockwork"?

Foi uma decisão entre a Century Media e nós, todos nós pensámos que essa música seria a melhor para um primeiro vídeo, o tema mais directo, para que as pessoas conheçam a banda com apenas um vídeo. Acho que foi a escolha perfeita.


M.I. - O Thrash Metal voltou a estar em voga. Não temes que depois disso as pessoas voltem as perder o interesse no estilo? Ou pensas que as bandas de qualidade vão continuar a ser seguidas?

Não temos receio. Eu penso que o Thrash metal nunca morreu, e voltou mais forte do que nunca, penso que é que o Thrash está de volta à vista do público para ficar. É claro que eu penso que as bandas de qualidade e originais serão as únicas a permanecer, talvez para sempre!


M.I. - Como correu a vossa primeira tour Europeia em que tocaram com os Skeletonwitch e os Warbringer em 2010?

Foi fantástica! Fomos em tour com estas duas grandes bandas por toda a Europa em 21 datas em países como a Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Escócia, Dinamarca, Eslovénia, Holanda, Áustria e muitos mais e foi incrível! Foi a nossa primeira aventura pela Europa e mal podemos esperar por andar em tour novamente!


M.I. - Vocês têm actuado algumas vezes em Portugal, tocaram no Metal GDL Festival e como banda de abertura de Arch Enemy na Incrível Almadense. Como vos correram esses concertos? E o que acham do público Português?

Foram destruidores! Passámos um bom bocado em Portugal, e o público Português é simplesmente incrível! Nós vamos a Portugal de novo em Março ao Moita Metalfest, esperamos ver todos vós por lá! Talvez no futuro possamos fazer um tour Portuguesa como cabeças de cartaz em algumas cidades, esperamos que sim!


M.I. - Quais são os vossos planos para o novo ano de 2011?

Apenas andar em tour! Estamos agora numa grande tour Espanhola e iremos em tour pela Europa novamente em Fevereiro em mais de 20 datas, mais tarde, iremos tocar em alguns festivais de Verão e depois veremos!



Entrevista por Mário Rodrigues