O metalcore pode ser melódico? Os As I Lay Dying respondem-nos a esta pergunta com um álbum de antologia…
Vale a pena dedicar umas horas a este álbum. Ritmos avassaladores, riffs originais, refrões melódicos e solos (muito) inspirados. Este quinteto californiano superou-se e abalou as convicções mais preconceituosas contra o metalcore: "The Powerless Rise" é surpreendente e arrebatador!
O trabalho de Mancino nas peles é soberbo. As faixas obedecem todas ao seu trabalho de mestre, com constantes breaks e mudanças de ritmo, e as guitarras de Sgrosso e Hipa não dão descanso e mostram um entrosamento notável, com riffs poderosos e solos soberbos e irresistíveis. A voz de Lambesis mostra atributos desconhecidos nos outros álbuns, com registos clean e death bem conseguidos, e o baixo de Gilbert acompanha com preceito as músicas todas, mas sem grande espaço para imaginação: parece ter sido tomada na totalidade pelos dois guitarristas e pelo baterista.
"The Powerless Rise" coloca a banda na linha da frente do género: onze faixas bem demonstrativas sobre a arte de tocar depressa e bem.
Destacar faixas num álbum tão forte e coeso é tarefa complicada e ingrata… contudo, "Anodyne Sea", "Paralles", "The Plagu"e "The Only Constant is Change" podiam certamente figurar de pleno direito em qualquer antologia de metalcore…
Muitos adjectivos gastos a comentar um álbum… apenas mais um para finalizar esta review… fenomenal e assombroso! Afinal foram dois… se os leitores ouvirem "The Powerless Rise" irão compreender e desculpar…
Nota: 8.5/10
"The Powerless Rise" Track List:
01. Beyond Our Suffering
02. Anodyne Sea
03. Without Conclusion
04. Parallels
05. The Plague
06. Anger and Apathy
07. Condemned
08. Upside Down Kingdom
09. Vacancy
10. The Only Constant Is Change
11. The Blinding of False Light
Review por Pedro Cotrim