Com oito anos de existência e com experiência acumulada, fruto do lançamento de duas demos, um EP, um split (em conjunto com os Switchtense) e também de muita rodagem nos palcos Portugueses, os Seven Stitches apresentam-nos agora "When The Hunter Becomes The Hunted", um álbum de grande qualidade em que a banda exibe uma grande maturidade.
A sonoridade deste primeiro longa duração da banda de Grândola é um misto de um Death Metal técnico, um Thrash Metal poderoso e groove à Pantera nalguns momentos, numa amálgama com frequentes mudanças de andamento, imprevisibilidade e variedade em boa medida que permite ao ouvinte nunca perder o interesse durante a audição de todo o trabalho.
O trabalho de bateria de Nelson é monstruoso, técnico, imparável e com frequentes blastbeats. As guitarras são poderosas e bem trabalhadas, Bixo e Açoreano presenteiam-nos com vários riffs devastadores durante todo o álbum e bons solos, alguns mais rápidos e acutilantes, outros mais melódicos. Pica é o vocalista perfeito para toda esta violência sonora, com um registo berrado extremamente agressivo.
Sem contar com a introdução temos um conjunto de nove músicas muito boas por isso não quero destacar nenhuma em particular, tal a consistência apresentada, mas ouçam as quatro primeiras e a sexta música, que são as melhores representações do álbum, sem desprimor para as restantes.
"When The Hunter Becomes The Hunted" é sem sombra de dúvida um dos álbuns mais fortes lançados este ano em território nacional e é caso para dizer que com trabalhos de grande nível como este por parte de bandas Portuguesas, o nosso Metal está cada vez melhor representado, não sendo necessário consumir tanto produto internacional que nem sempre é da melhor qualidade.
Recomendado.
Nota: 8.3/10
"When The Hunter Becomes The Hunted" track list:
01. Rise of the Hunted
02. Room
03. From the Sky
04. Sweet Sound of Decadence
05. The in Between [c/ Hugo, Switchtense]
06. Dead in Life
07. Ultimate Devastation [c/Sérgio, Bleeding Display]
08. Made by Bloody Stones
09. Face to Face
10. Until You Get Dry
Review por Mário Rodrigues