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Entrevista aos Canchroid


Entrevistámos DeadMeatGrinder o vocalista dos Canchroid, uma banda muito promissora praticante de um Death Metal técnico e brutal. Entre outros assuntos acerca da banda, falámos do seu EP de estreia intitulado "The First Slaughtering".


M.I. - Os Canchroid são uma banda relativamente recente, tendo iniciado a sua carreira em 2008. Tu foste o fundador. O que te fez formar a banda?


A minha vontade ao formar a banda era de plena paixão pela música e claramente, pelo Metal. Comecei a praticar estilos vocais até que ao fim de algum tempo comecei a fazer vocal gutural e agudo, sendo algo que me deu ainda mais vontade de iniciar uma banda. Mas foi exclusivamente pelo prazer de criar música, passar um bom serão com os restantes músicos e andar pelos palcos a mostrar o que nós fazemos.


M.I. - Foi difícil encontrares uma formação estável para o que pretendias?

Bastante! Até lá passou-se por algumas formações diferentes até que surgiram os músicos ideais para este estilo e para esta banda.Há bons músicos nesta região sem dúvida alguma, o problema por vezes é o contacto ou não serem fãs do género que nós tocamos, então tornou-se algo complicado até ficar estável, mas lá conseguimos e em opinião pessoal, não vejo Canchroid com outros membros, esta formação é fundamental para o que nós estamos a fazer. Ao misturar os gostos de cada um e o conhecimento de cada um dos membros presentes, dá o estilo que nós fazemos, Death Metal técnico com alguma brutalidade e alguma progressividade. Coisa que até agora nós temos estado a adorar!


M.I. -Como está a ser para já a receptividade do público e da imprensa ao EP?

Excelente! Definitivamente superou as nossas expectativas. Sabíamos que haveria alguém que certamente iria identificar-se com o género, logicamente pessoal do Metal mas para nossa grande surpresa tem havido excelentes criticas de pessoal de todas as idades e de todos os gostos! Julgamos por isso, que estamos a dar uma imagem diferente do que é o Death Metal, pode ser bruto e cru, mas pode haver sempre uma melodia agradável no meio de tanta brutalidade. Posto isto não nos podemos queixar de forma alguma, até agora o público tem sido excelente.


M.I. -A direcção assumidamente técnica e brutal do EP foi algo que vocês tinham em mente que assim fosse ou tudo surgiu naturalmente durante a composição do trabalho?

Bem, Canchroid surgiu como uma banda de Brutal Death metal a 100 %, mas com a formação actual houve mais dinâmica e mais variabilidade e podemos dizer que sim, as músicas
do EP já foi algo que nós tínhamos em mente criar, se bem que muitas ideias foram surgindo após a composição dos temas, algumas delas até surgindo durante a gravação do EP.


M.I. -Estás completamente satisfeito com o resultado final do vosso EP ou ouvindo-o agora mudarias algo?

De maneira nenhuma. Acho que o EP para o primeiro trabalho tem uma excelente qualidade, o Alex Barradas fez um excelente trabalho nesse aspecto e as músicas estão bem gravadas, como foram compostas é como estão no EP. Não convém claramente haver pregos nas gravações em estúdio [risos].


M.I. -Podes revelar-nos um pouco do possível direccionamento musical da banda para o próximo trabalho?

Posso revelar que haverá mais melodia e mais técnica, posto isto é aguardar para ouvir o resto do trabalho ou ver a banda ao vivo. [risos]


M.I. -Segundo o vosso myspace os Canchroid estão à procura de editora. Já abordaram muitas editoras nesse sentido?

Chegámos a tentar algumas que aceitam submissões através da Internet, resolvemos esperar um pouco para compormos mais uns temas e estarmos a 100 % antes de começar a enviar CD's físicos.


M.I. -O próximo trabalho dos Canchroid será já em formato longa duração?

É a nossa intenção certamente, se bem que nunca se sabe o amanhã e poderá surgir um single, ou um outro EP.


M.I. -Qual a tua opinião acerca do estado do Death Metal em Portugal?

Penso que é como em todos os outros países, há boas e más bandas. Não vou dizer nomes mas há muito boas bandas de Death Metal por Portugal, é pena é não haver muitas hipóteses de levar as bandas de cá para fora do país e mostrar que Portugal não é só coisas más. Ainda que o público português seja bastante bom, chega a uma altura que começa a ser cansativo estar a sempre a percorrer os mesmos palcos e as mesmas zonas.


M.I.-Sendo tu DJ num programa de rádio dedicado ao Metal creio que dás toda a importância à divulgação de uma banda em rádios, sites e webzines, certo?

Completamente! É um dos melhores meios hoje em dia para dar a conhecer as bandas e há que dar o devido valor a quem se preocupa em escrever regularmente com notícias e informações das bandas, entrevistar e tudo o mais. Afinal também dá algum trabalho ao contrário do que muita gente pensa, não é para qualquer um!


M.I. -Os Canchroid têm a intenção de marcar pela diferença dentro do estilo que praticam?

Não é uma prioridade, mas pode-se dizer que sim.


M.I. -Quais são os objectivos a que os Canchroid se propõem?

Primeiramente, divertirmo-nos a fazer algo que adoramos que é compor música e depois é o que qualquer banda pretende alcançar, muitos concertos e muito mosh! [risos].

Muito obrigado pela entrevista e parabéns pelo Metal Imperium!
Fazem um excelente trabalho e esperamos que assim continue.





Entrevista por Mário Rodrigues