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Entrevista aos M.O.R.G.


Os M.O.R.G. são uma banda de Santa Maria da Feira que lançou recentemente o seu EP de estreia, sendo que a sua sonoridade se pode descrever como Heavy/Thrash Metal. Tivemos o gosto de entrevistar o seu baixista André Alves, que nos falou um pouco do grupo, desde o EP às suas ambições.



M.I. -Apresenta os M.O.R.G. para os leitores da Metal Imperium que ainda não vos conhecem.

Bem desde já quero agradecer a oportunidade que nos tem dado para promover o nosso trabalho e pela boa review que fizeram ao nosso Ep. Basicamente somos uma banda de Heavy Thrash Metal com muitas influencias do Metal Old School, anos 80 e 90, é um grupo formado em Maio de 2004 e que devido a várias dificuldades, só agora conseguiram lançar um registo em formato EP e que tentam de certa maneira, ter algum impacto no Metal Português em quem sabe também a nível Internacionalmente! Como pessoas, enfim somos 5 pessoas que adoram música e gostamos de dar uns bons concertos e nos divertir! basicamente é isto!


M.I. - Porque tomaram a decisão de lançar um EP em vez de um longa-duração?

È simples, em 2008 ganhamos um prémio que era uma gravação profissional num estúdio á nossa escolha, tínhamos uma certa quantia que poderíamos gastar, ou seja, decidimos que deveríamos criar algo com uma boa qualidade sonora e que representa-se um bom começo para a banda, e desde o principio que escolhemos a EP, até por que na altura o Guitarrista era O Vítor e tínhamos 6, 7 musicas prontas com ele, daí não se justificar ir para algo com uma álbum ou algo do género, mesmo por que a nível financeiro não tínhamos essa opção! Por isso a Ep Justificou-se perfeitamente para os planos da banda, claro que se soubesse-mos o futuro teríamos feito de maneira diferente, pois foi preciso um ano para gravar, devido a saído do Vítor da banda, e de vários problemas que a banda teve em 2008 a nível interno.


M.I. - Testament e sobretudo Metallica são as bandas que mais vêm à cabeça durante a audição do vosso EP. São duas das vossas influências certo?

Correcto, Metallica num nível geral é talvez a influencia que todos os elementos na banda partilham, Testament, já é uma banda mais ouvida por mim e pelo Paulo, que deve ter composto 85% dos Riffs que estão presentes na Ep, mas temos mais influencias, mas essas não as podemos negar, cada um tem o seu gosto pessoal, e procuramos não soar a essas bandas, mas hoje em dia ser original é quase impossível se não impossível, por isso é normal que nos comparem sempre a esta e aquela banda, o que pode ser bom ou mau, mas encaramos essas comparações sempre com um sorriso, pois são grandes nomes do Metal!


M.I. - O baixo esta muito audível e proeminente no vosso EP. O que te fez começar a tocar baixo e que baixistas consideras uma influência para ti?

Quanto ao som do baixo no Ep, sinto-me bastante satisfeito, pois desde que foi para estúdio cresci muito a nível técnico e a nível de som, tendo conseguido obter um som próprio , com um baixo meio distorcido e bastante preenchido, daí estar bastante presente no CD. Bem agora passando a pergunta em concreto, o que me fez tocar baixo, basicamente foi uma conversa com um grande amigo meu, e que num tom de brincadeira nos desafiamos a aprender um instrumento, ele escolheu a guitarra eu o baixo, até por que era fá do Cliff Burton, e achava bastante interessante o conceito do baixo, e assim foi, comprei o meu primeiro baixo, tive aulas com o Paulo Barros (Tarantula) e um professor de Jazz local, e lá foi criando o meu estilo, juntamente com as minhas influencias que passam por vários estilos, blues, jazz, Rock, Funk, Metal, e claro que temos sempre aqueles músicos que admiramos, que no meu caso como já referi admiro os Três baixistas de Metallica, principalmente o Cliff, Victor Woten, talvez um dos melhores Mestres, Geezer Butler, John Myung, Greg Christian, aqui esta Testament, Rex Brown, Les Claypool, entre outros claro!


M.I. - Vocês têm músicas no vosso reportório que não incluiram no EP e muito boas até. Pensam incluír algumas delas no vosso próximo trabalho?

Sem dúvida, até por que sentimos que essas musicas, deveriam estar gravadas, pois têm muito potencial para nós, até temos duas delas no youtube, tocadas ao vivo, mas sem dúvida alguma são temas que num próximo trabalho estarão presentes.


M.I. -Recentemente ficaram sem baterista. Como estão a lidar com esta situação?

Ficamos sem baterista se não me engano em Setembro, estamos em Dezembro, e o que posso dizer é que não foi fácil para nenhum de nós a saída do Daniel, até por que ele era um elemento bastante importante na banda, não como músico, mas como amigo, o que fez que fosse difícil aceitar a sua saída, e tivemos fases internas na banda depois da saída dele, não muito boas.
Durante os meses que se seguiram, tentamos achar um substituto, mas devido á nossa localização foi muito difícil, o que ainda frustrou mais a banda, mas neste momento já nos encontramos a trabalhar com um baterista, e o espírito da banda esta outra vez em alta, até melhor do que nunca, e a cada dia melhora, por isso á males que vêm por Bem!


M.I. - Estão há algum tempo à procura de um novo elemento para esse posto. Têm aparecido muitos candidatos?

Como já referi na pergunta anterior, só em Dezembro tivemos respostas concretas de bateristas, e já nos encontramos a trabalhar com um deles, e até ao momento tem corrido tudo bastante bem!


M.I. - Presumo que estejam bastante ansiosos por encontrar a pessoa certa para a bateria, para depois poderem voltar aos ensaios e aos concertos para promoverem o vosso lançamento. Estou correcto?

Muito correcto, esperamos anunciar em breve o novo alinhamento, e voltar a carga, sem duvida que irá ser um regresso bastante suado por nossa parte, mas desistir não faz parte de nós e logo, espero que a banda permaneça activa por muitos anos!


M.I. - Quais consideras os melhores momentos da vossa, até agora, curta carreira?

O melhor momento ate agora, é bastante difícil para nós, até por que cada um deve ter um momento especial na banda, mas acho que a nível geral, com os elementos actuais, foi a finalização da gravação da Ep, depois dos muitíssimos problemas que tivemos, conseguimos ultrapassar e ainda aqui estar! Com a Ep cá fora e a receber boas criticas! O que para nós é óptimo!


M.I. - Sendo uma banda relativamente recente, que metas os M.O.R.G. procuram atingir?

Não somos propriamente uma banda recente, até por que para Maio de 2010 fazemos 6 anos de existência, apenas agora e só agora depois de termos ultrapassado muitas dificuldades é que conseguimos mostrar algo ao publico, neste caso a Ep, mas as metas são simples e directas, apresentar o novo elemento, ou seja o novo baterista, que espero que seja breve, pois já nos encontramos a ensaiar com um baterista, ensaiar e criar temas novos, até estarmos mentalmente e fisicamente preparados para voltar aos palcos, depois será certamente apresentar os dois novos elementos quer o baterista como o Liliano que também se vai estrear ao vivo com os M.O.R.G. pela primeira vez, promover a Ep ao máximo, tanto a nível nacional como lá fora, e depois muito provável, passar a um novo nível e gravar o nosso primeiro álbum de originais e que sabe arranjar uma editora ou algo do género!


M.I. - Tens sido tu a tratar da promoção dos M.O.R.G. nomeadamente junto da imprensa online e na divulgação da banda nas redes sociais. Até que ponto consideras estes pontos de promoção importantes para a divulgação das bandas e da cena Metal Nacional?

Acho bastante importante, mesmo que apesar de já receber criticas de algumas pessoas que nos acompanham desde sempre, que nos dizem que nos estamos a promover demasiadamente, acho muito positivo as bandas poderem promover os seu trabalhos em foruns revistas online e blogues, pois para uma banda sem editora a única maneira de divulgar o seu trabalho é dar bastantes concertos e divulgar através da Web, mas como no nosso caso os concertos, neste momento estão postos de parte, promover a banda num âmbito online é bastante importante, e temos recebido bastante apoio nessa área, desde vocês Metal Imperium e entre outros que nos têm ajudado imenso, mesmo que as pessoas que gostem da banda achem que estamos a forças as coisas, mas não podemos ter todos o mesmo pensamento. Quanto a promoção das bandas Nacionais, na minha opinião sem dúvida alguma que as principais fontes de publicidade derivam de fontes recém criadas, de pessoas que adoram Metal e querem ajudar as bandas de garagem, é pena que de certa forma os locais mais fortes para promover as bandas, não o façam e apenas ajudem as bandas que lhes interessem, mas até ao momento não precisei deles, pois tenho recebido bastante apoio de pessoas que nos querem ajudar com pequenos blogues e espaços online, por isso só posso considerar positivo!


M.I. - Pensas que o facto de acumulares funções a partir deste mês de Dezembro nos Final Mercy, irá ajudar-te a crescer ainda mais como músico?

Sem dúvida alguma, até por que uma das razões para me ter metido em dois projectos, foi mesmo para evoluir como músico e como pessoa também, sem os Final Mercy um estilo diferente em termos de banda dos M.O.R.G., para mim é bastante positivo isso, pois posso explorar mais a minha parte criativa e ocupar mais p meu tempo, pois eu sou daqueles que só vive para a música, sem este factor na minha vida, já tinha dado um tiro na cabeça, e até ao momento tem sido bastante divertido estar nos Final, tem corrido bem os ensaios, tenho me adaptado bem a banda, e já sinto que de certa forma já estou a crescer, e espero mostrar o meu valor brevemente!


M.I. - Escolheram M.O.R.G. (iniciais de Music Of Revolutionary Generation) para nome da banda. Conta-nos o porquê da sua escolha e o significado do mesmo.

Bem eu entrei muito depois do nome ter sido escolhido, mas sei a história por detrás do nome (risos), basicamente o baterista na altura que se chamava Miguel, num dia de ensaio em casa dele, que possuía uma adega de vinho, ou seja os elementos já estavam bastante alegres, atirou para a mesa o nome MORG, e lá acharam piada ao nome e lá ficou, depois de por assim dizer de voltarem a realidade, deparam-se com outras bandas com o mesmo nome, e decidirem colocar uns pontos M.O.R.G., mas tinha-se de dar um significado as letras e lá num meio de uma conversa surgiu, Music Of Revolutionary Generation, que tem a ver com o que nos achamos em termos musicais ter sido os anos dourados do metal, que foi os anos 80 e 90, em que tínhamos uma geração muito mais rebelde e mais activa do que a que temos agora, e na minha opinião o Metal estava com muita mais saúde do que está agora, daí o nosso nome ser um chamamento a esse velho espírito old school, ou seja trazer outra vez essa fase para a actualidade, que de certa forma é o que tentamos fazer musicalmente!



Entrevista por Mário Rodrigues